Tuesday, May 24, 2005
Fósforo incendeia a Barra
PLAY IT AGAIN, SAM!
O mundo todo está se perguntando quem é o misterioso pianista que surgiu enxarcado numa praia londrina- claro que tem uns que estão se perguntando onde Saddan compra suas cuecas, mas deixemos para outra ocasião o ex-ditador iraquiano e suas samba-canções. Quem seria? Um caso de amnésia? Vítima de um trauma? Um oportunista dando um golpe? Um experimento? Um alienígena? Um visitante da 3ª dimensão? O maestro Zezinho? Ele sabe tocar “o passo do elefantinho” ou “As Time Goes by”?
Uma hipótese que ninguém levantou é que ele pode ser também um desenhista. Pelo menos eu, desenhista frustrado, achei muito bem feito o desenho que ele fez do piano. Imagine se fosse mau desenhista e o piano dele fosse confundido com uma asa-delta, fazendo com que o atirassem da Pedra da Gávea.
Caso o homem seja um desmemoriado, ele pode ser brasileiro. Vale lembrar- termo irônico – que somos bons em esquecer com facilidades as coisas, assim como é coisa de semanas para esquecermos a prisão dos prefeitos em Alagoas, o escândalo dos correios, a falta de decoro do casal Garotinho, os deputados de Rondônia e mais umas outras coisas que eu já esqueci.
Caso o mesmo não seja um farsante, ele não é pianista, nem desenhista. É ator. Dos bons. E acho que seguirei seu exemplo, surgindo desmaiado numa praia em Marataízes. Daí ao ser achado, é só pegar um papel e desenhar a Luana Piovanni, a Fernanda Lima e a Juliana Knust, garantindo assim um encontro para o fim-de-semana. Só não vou poder abrir a boca. O que, cá entre nós, pode até ser uma vantagem.
CERTAS INCERTEZAS
Estou incerto
Sobre o certo:
Você por perto
Ou à distância de um deserto.Wednesday, May 18, 2005
E na transmissão do jogo da seleção...
- Ô Galvão, isso não é bem verdade!
- Como não, Falcão?
- Hoje todo mundo sabe que explosão quem tem é a Cicarelli!
Xerifes no faroeste carioca
Felipe pode ter sangue novo, mas o problema é velho, quase que incorrigível e muito propício de ser tratado quando começam as discussões a respeito da sucessão eleitoral. Porém a abordagem sobre o assunto sempre limita a questionar o fato da pobreza estar deturpando os cartões postais da cidade maravilhosa, e nunca a dificuldade de emprego formal, moradia, viabilização e manutenção das periferias. Desde a Belle Époque até o Tolerância Zero da atual prefeitura, sempre se removeu e nunca adiantou. Como não encontram atividades nas áreas mais afastadas, voltam. A não ser aqueles que batem de frente com os “xerifes” das periferias que, ao invés de remover, apagam.
Wednesday, May 11, 2005
Deselegância
Se este conselho vai dar em alguma coisa, é o que se espera. Mas a ausência da governadora e de cinco prefeitos aliados politicamente, soou como birra. E, citando o caso da saúde na cidade do Rio de Janeiro, em birra de político quem perde é o povo. E neste caso, logo um povo que tanto precisa de algum tipo de incentivo.
A Governadora ressaltou, em entrevista à rádio CBN, que o povo está cansado de ouvir falar em planejamento e de governo virtual. Ao que parece, a governadora e seu marido são daqueles que nada planejam, e vejam no que está dando o mandato de Rosinha Matheus. E parece sarcasmo falar de governo virtual, quando há semanas atrás o estado virou de cabeça pra baixo, e o único local onde se conseguia encontrar a governadora era num insosso concurso de Miss Brasil.
E na boca de fumo...
- O amigo está equivocado. A palavra certa seria cannabis sativa. “Preto” é uma palavra banida pela cartilha do politicamente correto.
- Que palhaçada é essa? Está maluco?
- O cliente está exaltado! Além disso, “palhaçada” e “maluco” também são palavras não recomendáveis pela cartilha.
- Eu só quero comprar meu bagulho!
- Um momento.
- Um momento?
- É! Eu vou consultar a cartilha para ver se é correto utilizar a palavra bagulho.
- Será que você não pode apenas me vender um baseado para eu fumar e ficar louco?
- Você não deveria dizer ficar “louco”, e sim ficar alterado devido ao uso de entorpecentes ilícitos.
- Eu não vou ficar ouvindo isso! Tô indo embora!
- Não faça isso!
- Por que? Se eu vazar tu vai meter uma bala nos meus cornos porque eu não comprei contigo?
- Errado. Se você se retirar do ambiente, me verei no direito de apontar minha AK-47 para a sua face e disparar seguidas vezes, conforme estaria escrito na Cartilha do Politicamente Correto!
- Ih, a coisa ficou preta!
- A propósito, esta expressão também foi banida!
Tuesday, May 10, 2005
Tem nome
Adivinha quem voltou?
Tuesday, May 03, 2005
De Manhã
“É a mineira”, diz alguém. Capaz, afinal, como já noticiado nos principais jornais, a polícia mineira está promovendo uma limpeza em todo o bairro de Jacarepaguá. Pena que em tempos que se discute a validade da pena de morte, um grupo se designa juiz, júri e executor.
Eram por volta de oito da manhã. Estudantes, aposentados e trabalhadores estavam na rua. Não existe hora certa nem para morrer, nem para matar. Hoje muitos não esquecerão disso. Se alguém merece morrer, não sou eu que posso dizer. E nunca poderei.
Hoje mataram um na Rua Godofredo Viana. Não sei o nome do morto, nem dos causadores da mesma. Sei que hoje, uma mãe, um pai, uma esposa ou um filho vão ter uma pessoa a menos na hora da janta. Não vai ganhar destaques no jornal. Não foram 30. Foi um. Pelo pouco que sei de jornalismo, no máximo uma notinha. E no rodapé. Culpado ou inocente. Justo ou não. Isso não sei os responder.
Mas sei que está morto.
Hoje um jovem foi assassinado pelo tribunal de rua.
E o dia mal tinha começado.
Notícia Tremenda!
A opção 2 fica por conta da participação da banda OBaque na festa Fuá Festival que acontece ali no Teatro Odisséia.