Tuesday, May 24, 2005

 

Fósforo incendeia a Barra

A boa banda dos amigos Fósforo 147 estará se apresentando no próximo dia 5 de junho, domingão, na casa de cultura da Estácio de Sá (Av. Érico Veríssimo, 359). No repertório da noite, o novo trabalho da banda ATO URBANÓIDE #1. O show começa as 19 hs e o ingresso sai por 10 pilas antecipado, e 20 pilas na hora (mas estudante paga meia). Chega lá!
 

PLAY IT AGAIN, SAM!

O mundo todo está se perguntando quem é o misterioso pianista que surgiu enxarcado numa praia londrina- claro que tem uns que estão se perguntando onde Saddan compra suas cuecas, mas deixemos para outra ocasião o ex-ditador iraquiano e suas samba-canções. Quem seria? Um caso de amnésia? Vítima de um trauma? Um oportunista dando um golpe? Um experimento? Um alienígena? Um visitante da 3ª dimensão? O maestro Zezinho? Ele sabe tocar “o passo do elefantinho” ou “As Time Goes by”?

Uma hipótese que ninguém levantou é que ele pode ser também um desenhista. Pelo menos eu, desenhista frustrado, achei muito bem feito o desenho que ele fez do piano. Imagine se fosse mau desenhista e o piano dele fosse confundido com uma asa-delta, fazendo com que o atirassem da Pedra da Gávea.

Caso o homem seja um desmemoriado, ele pode ser brasileiro. Vale lembrar- termo irônico – que somos bons em esquecer com facilidades as coisas, assim como é coisa de semanas para esquecermos a prisão dos prefeitos em Alagoas, o escândalo dos correios, a falta de decoro do casal Garotinho, os deputados de Rondônia e mais umas outras coisas que eu já esqueci.

Caso o mesmo não seja um farsante, ele não é pianista, nem desenhista. É ator. Dos bons. E acho que seguirei seu exemplo, surgindo desmaiado numa praia em Marataízes. Daí ao ser achado, é só pegar um papel e desenhar a Luana Piovanni, a Fernanda Lima e a Juliana Knust, garantindo assim um encontro para o fim-de-semana. Só não vou poder abrir a boca. O que, cá entre nós, pode até ser uma vantagem.

CERTAS INCERTEZAS

Estou incerto

Sobre o certo:

Você por perto

Ou à distância de um deserto.

Wednesday, May 18, 2005

 

E na transmissão do jogo da seleção...

- E partiu Ronaldinho! Ele tem a explosão...
- Ô Galvão, isso não é bem verdade!
- Como não, Falcão?
- Hoje todo mundo sabe que explosão quem tem é a Cicarelli!
 

Xerifes no faroeste carioca

Em matéria publicada no jornal O Globo, no dia 17 de maio, o título “Novo xerife para velhos problemas” referia-se à nomeação do jovem universitário de direito Rafael Luiz Morais de Souza Bandeira como combatente da desordem na orla da zona sul, representada por sua vez pelos ambulantes e moradores de rua.
Felipe pode ter sangue novo, mas o problema é velho, quase que incorrigível e muito propício de ser tratado quando começam as discussões a respeito da sucessão eleitoral. Porém a abordagem sobre o assunto sempre limita a questionar o fato da pobreza estar deturpando os cartões postais da cidade maravilhosa, e nunca a dificuldade de emprego formal, moradia, viabilização e manutenção das periferias. Desde a Belle Époque até o Tolerância Zero da atual prefeitura, sempre se removeu e nunca adiantou. Como não encontram atividades nas áreas mais afastadas, voltam. A não ser aqueles que batem de frente com os “xerifes” das periferias que, ao invés de remover, apagam.

Wednesday, May 11, 2005

 

Deselegância

Não cabe a mim julgar a conduta política do prefeito de Nova Iguaçu Lindberg Farias, mas confesso não ser lá muito adepto do seu estilo. Porém, Lindberg acabou marcando gol, ou melhor, teve um ponto a favor devido ao gol contra que a Governadora Rosinha Matheus marcou ao faltar à reunião de instalação do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Fluminense, cujo presidente é o prefeito do PT.
Se este conselho vai dar em alguma coisa, é o que se espera. Mas a ausência da governadora e de cinco prefeitos aliados politicamente, soou como birra. E, citando o caso da saúde na cidade do Rio de Janeiro, em birra de político quem perde é o povo. E neste caso, logo um povo que tanto precisa de algum tipo de incentivo.
A Governadora ressaltou, em entrevista à rádio CBN, que o povo está cansado de ouvir falar em planejamento e de governo virtual. Ao que parece, a governadora e seu marido são daqueles que nada planejam, e vejam no que está dando o mandato de Rosinha Matheus. E parece sarcasmo falar de governo virtual, quando há semanas atrás o estado virou de cabeça pra baixo, e o único local onde se conseguia encontrar a governadora era num insosso concurso de Miss Brasil.
 

E na boca de fumo...

- Tem do preto?
- O amigo está equivocado. A palavra certa seria cannabis sativa. “Preto” é uma palavra banida pela cartilha do politicamente correto.
- Que palhaçada é essa? Está maluco?
- O cliente está exaltado! Além disso, “palhaçada” e “maluco” também são palavras não recomendáveis pela cartilha.
- Eu só quero comprar meu bagulho!
- Um momento.
- Um momento?
- É! Eu vou consultar a cartilha para ver se é correto utilizar a palavra bagulho.
- Será que você não pode apenas me vender um baseado para eu fumar e ficar louco?
- Você não deveria dizer ficar “louco”, e sim ficar alterado devido ao uso de entorpecentes ilícitos.
- Eu não vou ficar ouvindo isso! Tô indo embora!
- Não faça isso!
- Por que? Se eu vazar tu vai meter uma bala nos meus cornos porque eu não comprei contigo?
- Errado. Se você se retirar do ambiente, me verei no direito de apontar minha AK-47 para a sua face e disparar seguidas vezes, conforme estaria escrito na Cartilha do Politicamente Correto!
- Ih, a coisa ficou preta!
- A propósito, esta expressão também foi banida!

Tuesday, May 10, 2005

 

Tem nome

Sobre o texto publicado na semana passada, o falecido atendia pelo apelido de Pardal.
 

Adivinha quem voltou?

Nesta sexta-feira, os Ratos de Porão voltam ao palco do Circo Voador. A noite promete. O ingresso sai por 30 pilas, sendo que estudante paga 15. Acho que desta vez o Conde não vem.

Tuesday, May 03, 2005

 

De Manhã

Hoje mataram um na minha rua. Alguns viram, mas a maioria viu e não viu. A vítima estava a pé. Quem executou veio de moto. Um pilotava e o da garupa atirou. O bombeiro veio buscar o corpo. No ponto de ônibus, o comentário popular era de que ninguém morre de graça. Mas quem mata de graça? Quem dispara um tiro o faz por raiva, vingança ou dinheiro. Pode ser até por pertubação da cabeça, mas estes não viriam de moto com capuz na cabeça.
“É a mineira”, diz alguém. Capaz, afinal, como já noticiado nos principais jornais, a polícia mineira está promovendo uma limpeza em todo o bairro de Jacarepaguá. Pena que em tempos que se discute a validade da pena de morte, um grupo se designa juiz, júri e executor.
Eram por volta de oito da manhã. Estudantes, aposentados e trabalhadores estavam na rua. Não existe hora certa nem para morrer, nem para matar. Hoje muitos não esquecerão disso. Se alguém merece morrer, não sou eu que posso dizer. E nunca poderei.
Hoje mataram um na Rua Godofredo Viana. Não sei o nome do morto, nem dos causadores da mesma. Sei que hoje, uma mãe, um pai, uma esposa ou um filho vão ter uma pessoa a menos na hora da janta. Não vai ganhar destaques no jornal. Não foram 30. Foi um. Pelo pouco que sei de jornalismo, no máximo uma notinha. E no rodapé. Culpado ou inocente. Justo ou não. Isso não sei os responder.
Mas sei que está morto.
Hoje um jovem foi assassinado pelo tribunal de rua.
E o dia mal tinha começado.
 

Notícia Tremenda!

Hoje tem Lafayete e os Tremendões no Teatro Rival, repetindo a dose de ontem. Os convidados são B. Negão e Lilian (aquela que era parceira do Leno). Dizem por aí que é uma boa. Começa as 21 h.
A opção 2 fica por conta da participação da banda OBaque na festa Fuá Festival que acontece ali no Teatro Odisséia.
 

PUTA QUE PARIU!

Desculpem o termo, meus poucos leitores, mas é apenas a minha homenagem ao Dia Mundial da Liberdade de Imprensa!

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